Fonte: Site "ON THE SHORTWAVES" |
Conspirações e acusações de espionagens políticas no seu próprio quadro funcional (segundo Brant, 1967), obrigou o governo a incorporá-la à Agência de Informação, passando a funcionar ao lado do Capitólio, em Washington. Dois momentos foram importantes na história da VOA: as transmissões marítimas contra o comunismo e a corrida espacial.
Em 1952 começa nos Estados Unidos a chamada “Operação Vagabundo”. Já em alto mar, a VOA participava dela iniciando uma campanha de propaganda contra o bloqueio Comunista na América e em países localizados na “cortina de ferro”. A bordo do navio flutuante USCGC Courier a Voz da América percorreu o atlântico até a ilha de Rhodes (Grécia) para transmitir discursos políticos bem próximo ao inimigo.
O navio zarpou desde o Panamá, com direito à fanfarra, cerimônia oficial e souvenires criados para ocasião (veja QSL), para uma viagem inusitada. Conforme pronunciamento do Presidente Harry Truman: “... Não levará canhões, nem nenhum instrumento de destruição. Valoroso paladino da causa da liberdade, esse navio levará um carregamento muito valioso. Esse carregamento é... a verdade [...] aos que sofrem a opressão da tirania”.
Todavia, a maior audiência da VOA veio do alto céu através das comunicações sobre as viagens espaciais e a chamada "Guerra nas Estrelas". Coberturas exclusivas, inclusive em português produzidas pelo Serviço Brasileiro que funcionou entre 1961/2001. O forte desses programas foram as transmissões em cadeia e direto das plataformas de lançamentos.
Segundo a emissora, quase 800 milhões de ouvintes de todo mundo estavam sintonizados diretamente na VOA ou por meio das emissoras que retransmitiam a sua programação ao vivo durante a chegada do homem ao solo lunar, em 20/06/69. No Brasil, a Revista Fatos e Fotos gravou um disco com trechos dessas transmissões da VOA na voz do saudoso Pedro Kattar, falecido em março de 2016 (vide link).
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